Amor?

Amor?

Hubbard apresenta um paradoxo: quanto mais damos amor, mais amor temos dentro de nós para dar. O amor altruísta é capaz de mudar a vida de quem ama.

O amor é racional ou emocional? É breve ou deve e precisa ser construído ao longo do tempo? O amor é democrático e acessível?

São muitos questionamentos em torno de uma simples palavra que nem chega a ser verbo. Talvez o amor seja como uma bela rosa, cheia de espinhos que machucam, mas com pétalas tão cheirosas. Sim, por mais contraditório e louco que seja o amor as vezes dói. Amar muito dói. Pouco amor também dói. Talvez o homem deveria ter criado um manual de amor, sim! Manual necessário, dai amaríamos todos iguais, todos com as mesmas finalidades, expectativas e intensidade, poder controlar o outro. Mas o amor é tão louco que nos deixam sem controle das nossas próprias ações. Digo, quando amo, eu fico totalmente entregue, bobo, apático, acho total estranho, eu fujo…

Uma vez, duas pessoas próxima se acostumaram com um tipo de amor um pelo o outro, e assim foram vivendo. Vivendo sensações, vivendo momentos, criando história e as contando também. Muito amigos, muito amor, amor talvez de irmãos, amor com zelo, cuidado. Categorizando esse sentimento tão complexo e resumindo a ‘amor de amigos’. Depois de muito tempo, o amor que era apenas um broto, começa a crescer e vira uma rosa. Os espinhos machucam, pois ambos não são biólogos e não entendem disso. Machuca, não sabe se trisca, se enfrenta, se corta pela raiz, não sabe se cultiva. Outras pessoas que olham o jardim até apreciam a flor, dão opiniões, incentivam o cultivo. Os jardineiros vão simplesmente fingindo que aquela bela flor não está ali, passam a admirar outras coisas do jardim. Talvez, nossa capacidade de querer aprender sobre botânica ou formas de lidar com aquela flor seja limitada. O frio da barriga não é suficiente para dar o ‘start’. Passam- se os dias de calor, a chuva vem. A flor se vai com a chuva como se fossem lágrimas pesadas e cheias de dor. Matou a flor. Matou o amor.

Os jardineiros não sabiam nada e nem podem mais saber. Passou. Se foi. Motivo da morte: causas naturais, desleixo, falta de vontade. Que seja. O solo não é tão fértil como um dia foi. A chuva que parecia nada, era chuva ácida e com a velocidade da vida não dá mais tempo fazer tudo novo de novo. Sem jardim, sem solo fértil, o jardineiro vira jardin, o sufixo eiro que indica atividade some. Você muda. Se cala e acaba.

Cazuza foi perspicaz em dizer: “É que eu preciso dizer que eu te amo. Te ganhar ou perder sem engano. É, eu preciso dizer que eu te amo tanto. E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar do teu lado… Eu já nem sei se eu tô misturando. Eu perco o sono lembrando em cada riso teu.” Ele sabia que existia e que precisava externar aquilo. E foi, com as dúvidas, com o receio, com o medo. Talvez o amor seja isso, o mix, o ódio, a alegria, a tristeza, a raiva, democratizando assim esse sentimento, e alcançando pessoas racionais e emocionais, pessoas felizes e tristes.

Conclui-se que o amor é totalmente para todos. Ops! Para todos que queiram viver, e se entregar. Dito isso, todo ser vivo merece o amor e ser amado.

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Comentários

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    Samanta 1 ano

    Tudoooo 👏🏼👏🏼👏🏼

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    Mariana 1 ano

    Que lindas palavras 👏🏻

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    Jhonatha 1 ano

    Perfeito demais! Amei 😍

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    Jéssica 1 ano

    Estou encantada com esse texto! As metáforas foram de uma perspicácia e sensibilidade…

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