Musical Céu Estrelado chega ao CCBB Brasília
O espetáculo resgata músicas que fazem parte de nossa memória afetiva em uma história que reflete sobre relações familiares e nossa responsabilidade
O Brasil profundo, longe do litoral e dos grandes centros urbanos, apresenta uma cultura rica e diversa, fundamental para a compreensão da identidade nacional. Esse lugar, que pode estar na fronteira entre Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, no interior do Mato Grosso ou mesmo no nosso imaginário afetivo, ganha os palcos no musical inédito “Céu Estrelado”, que desembarca em Brasília, entre os dias 16 a 19 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB).
Idealizado por Gustavo Nunes, com texto de Carla Faour, direção de Vinicius Arneiro e João Fonseca, direção musical de Tony Lucchesi e produção da Turbilhão de Ideias, o espetáculo faz um resgate do cancioneiro popular brasileiro em uma história que reflete sobre o nosso lugar no mundo a partir de relações pessoais e sociais.
O projeto é patrocinado pela Brasilcap, empresa de capitalização da BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A produção é da Turbilhão de Ideias e a realização do Centro Cultural Banco do Brasil.
O musical Céu Estrelado
O espetáculo, que estreou no CCBB – Rio, em 26 de maio, para temporada de duas semanas, também já esteve no CCBB – BH e agora desembarca em Brasília para quatro sessões, e depois segue para a unidade do CCBB em São Paulo (23 a 26 de junho).
Os diretores Vinícius Arneiro e João Fonseca repetem uma bem-sucedida parceria, iniciada em “Cássia Eller – O musical”, para contar a história de Antônia, vivida pela cantora, compositora e atriz potiguar Juliana Linhares, uma das principais revelações da MPB na pandemia.
Na trama, a personagem, nascida na cidade fictícia de Carneirinhos, se muda para o Rio de Janeiro, brigada com o pai, seu Cris (Bruno Garcia), para tentar a carreira de cantora. Depois de alguns anos, ela está de volta a pedido da família para participar da festa de Santo Antônio na fazenda onde moram. Ao lado do namorado estrangeiro, Johnny (Hamilton Dias), Antonia vai reencontrar, além do pai, um antigo amor, Paixão (Daniel Carneiro), sua irmã Cidinha (Dani Câmara), e a faz-tudo da fazenda, Fafá (Natasha Jascalevich).
“A história nos leva a refletir sobre a inevitável passagem do tempo, o curso da vida e como é urgente e necessário que a humanidade resgate seu olhar sensível para a natureza”, comenta o diretor Vinícius Arneiro. “É também uma trama que fala sobre o que ganhamos e o que perdemos quando deixamos nossa cidade e nossas raízes para seguir um sonho, uma carreira. É uma peça delicada, leve e, ao mesmo tempo, dramática. Tem uma dramaturgia que vai nos surpreendendo”, acrescenta o diretor João Fonseca.
Com exceção do ator convidado Bruno Garcia, o elenco, formado por artistas de diferentes origens, foi escolhido em audições. “Tem gente que nasceu em Natal, Recife, Angra dos Reis, Goiânia, Rio de Janeiro. Os sotaques são muito distintos e se misturam em cena. Fizemos questão que permanecesse assim, para enfatizar que é também nessa multiplicidade cultural que reside a beleza do português não uniforme do Brasil”, conta Arneiro.
Com uma longa carreira teatral, Juliana Linhares vive a sua primeira protagonista. “Comecei a fazer teatro de 9 para 10 anos, em Natal, e nunca mais larguei. Sou formada em direção teatral, mas comecei a cantar na faculdade na banda Pietá. Então, música e teatro sempre ficaram embolados na minha vida”, observa Juliana, muito elogiada por seu primeiro disco-solo, “Nordeste ficção”, lançado ano passado. “Juliana é uma cantora e uma atriz extraordinária. Sensível, inteligente e com uma voz que inunda a nossa alma do melhor do Brasil e da música brasileira”, elogia Fonseca.
A premiada autora Carla Faour, estreante em musicais, conta que criou uma história sobre afetos, família e memórias sem deixar de lado a crítica social ao expor a urgência de preservação de nossos recursos naturais. “A música popular brasileira se inspirou e se inspira muito na natureza do Brasil. Quantas de nossas canções não falam sobre nossas águas, rios, animais, a flora, a terra e sobre nosso povo? E, se por um lado, a gente tem essa biodiversidade que é um tesouro planetário, também temos essa falta de cuidado com o meio ambiente que traz consequências seríssimas”, avalia a dramaturga.
A intenção do produtor Gustavo Nunes, ao idealizar o espetáculo, era explorar o tema das migrações existentes no Brasil a partir de canções que emocionam e unem os habitantes das mais diversas regiões do país. “Minha vontade era fazer um resgate de músicas do cancioneiro nacional que não costumam ser tão prestigiadas no nosso teatro musical. Eu sentia falta de espetáculos que tratassem de nossas raízes, queria reunir canções com grande potência poética”. “Também é uma alegria poder voltar a trabalhar com os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro, após nossa bem-sucedida jornada com “Cássia Eller – o musical”, conta.
Na trilha sonora escolhida a dedo pela equipe criativa, estão canções de Milton Nascimento, Chico César, Chico Buarque, Gilberto Gil, Jovelina Pérola Negra, entre outras. O diretor musical Tony Lucchesi explica que o elenco vai ter o acompanhamento do violonista Gabriel Quinto, mas alguns dos atores também vão tocar instrumentos em cena. Além disso, todas as canções ganham novos arranjos para aumentar a dramaticidade das cenas. “As músicas foram escolhidas pela sua importância e beleza, mas também porque são essenciais para contar a história de maneira forte e poética”, conclui.
Sobre a Turbilhão de Ideias
A Turbilhão de Ideias atua desde 2008 na concepção, execução e circulação de seus projetos por todo o Brasil, promovendo arte, entretenimento e conteúdo educativo através de espetáculos, publicações, workshops, séries de animação e conteúdo audiovisual. Suas produções são sucesso de público e crítica, reconhecidas por inúmeras indicações e prêmios conquistados, entre elas o espetáculo “Cássia Eller – o Musical”, que passou por todas as capitais brasileiras, e “Rio mais Brasil, o nosso musical”.
Sobre a Brasilcap
Desde 1995, a Brasilcap, empresa do grupo BB Seguros, é referência em capitalização e já distribuiu R$ 2,4 bilhões em prêmios, para aproximadamente 680 mil títulos. Nestes 26 anos, cerca de 14 milhões de clientes conseguiram realizar seus planos com a ajuda dos títulos de capitalização da empresa. A Companhia conta com um portfólio diferenciado de soluções, como o estímulo à disciplina financeira com chances de premiação, incremento de negócios para empresas por meio dos títulos de incentivo, garantia ágil e segura para o aluguel de imóveis, contribuição à filantropia, entre outros atributos. Em 2021, a Brasilcap obteve um faturamento de R$ 4,3 bilhões, alcançando reservas técnicas de R$ 7,9 bilhões.
Sobre o CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília é o maior e mais importante Centro Cultural da Capital Federal. Foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.
O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.
Não é necessária a retirada de ingresso para acessar o prédio, os ingressos para os eventos podem ser retirados previamente no site bb.com.br/cultura, eventim.com.br ou presencialmente na bilheteria do CCBB.
Céu Estrelado
Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – Teatro
Endereço – SCES, Trecho 2 – Brasília/DF. Informações: (61) 3108 7600
Temporada: 16 a 19 junho de 2022.
Dias e horários: quinta a sábado, 20h / domingo, 19h
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Tempo de duração: 1h20
Classificação indicativa: 12 anos.