Os casos de feminicídio no DF dobraram em relação a 1º trimestre de 2022

Os casos de feminicídio no DF dobraram em relação a 1º trimestre de 2022

Em apenas 64 dias do ano, o Distrito Federal registou 8 casos de feminicídio, metade da quantidade total de 2022, segundo dados da secretaria de segurança pública. Dos 6 casos de feminicídio registrados, ocorridos apenas nos três primeiros meses de 2023, metade foi por disparo de arma de fogo.

Os dois casos mais recentes aconteceram na última quinta-feira, a menos de uma semana para o dia internacional da mulher, nas regiões de Riacho Fundo 2 e Taguatinga Norte. De 2015 a 2023, 77 dos 156 casos de feminicídio no DF ocorreram com uso de arma branca, quase 50% do total. De acordo com a polícia federal, no primeiro mês de 2023 foram expedidas 323 licenças de novas armas em Brasília. No ano passado, também em janeiro, foram 180 licenças. A quantidade de mulheres assassinadas em pouco menos de três meses este ano preocupa os especialistas.

Dados da secretaria de segurança pública (SSP-DF) mostram que, em 2022, entre janeiro e fevereiro, foram contabilizados três feminicídios, o que significa um aumento de 100% nos casos, se comparado ao mesmo período de 2023. A alta ocorrência de feminicídios na primeira semana de março, mês do dia internacional das mulheres, escancara a urgência do debate sobre a violência contra as mulheres no DF.

O tribunal de justiça do Distrito Federal e territórios explica que, em caso de urgência, além da polícia militar, é possível registra a denúncia na central de atendimento à mulher pelo telefone 180. O canal, criado pela secretaria nacional de políticas para as mulheres, registra e encaminha as denúncias de violência aos órgãos competentes. Muita atenção agora, pessoal, porque o assunto é muito sério.

O Distrito Federal tem batido um recorde terrível, que é o de casos de violência contra a mulher e o feminicídio. É um tema que traz muita tristeza para várias famílias. Em vários casos, o crime é cometido pelo atual ou pelo ex-companheiro e muitas vezes as mulheres deixam filhos desamparados.

Então o GDF faz um comunicado importante: todo mundo tem que ficar atento. A própria mulher em situação de risco tem vários canais de comunicação e de apoio que o GDF disponibiliza, mas isso também é papel dos parentes, dos amigos, dos vizinhos. Todos nós devemos fazer parte dessa rede de proteção, porque a violência é uma covardia, mas a omissão também é. Então, se você ouvir algum caso de violência contra a mulher, ligue 190 e denuncie. Porque justamente a sua denúncia pode salvar uma vida. Esse é o recado do GDF.

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