Homicídios de mulheres foram subnotificados no país

Homicídios de mulheres foram subnotificados no país

As taxas de homicídio de mulheres foram subnotificadas no Brasil por um período de quarenta anos, de 1980 a 2019. O aumento foi de mais de 28 por cento. Os dados são de um estudo realizado por pesquisadores da fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, da universidade federal do Rio Grande do Norte, do instituto nacional do câncer, e da Universidade do estado do Rio de Janeiro.

Para a organização mundial de saúde, óbitos acima de três para cem mil mulheres já caracterizam a região como de extrema violência. Para chegar a este resultado, a pesquisa empregou um método de correção ao analisar as mortes violentas de mulheres para tentar identificar a violência de gênero, a partir de dados do registro de óbito do sistema de informação sobre mortalidade do sistema único de saúde.

O estudo apresenta alta na frequência de óbitos de mulheres causados por violência em todas as regiões brasileiras. Na região norte, por exemplo, esse tipo de ocorrência foi mais de quarenta e nove por cento maior do que o apontado pelo governo. O menor índice foi observado na região sul, embora também tenha sido registrado aumento de aproximadamente 9 por cento.

Outro dado alarmante é quanto aos assassinatos de mulheres negras. Entre 2009 e 2019, o Brasil registrou uma redução dos homicídios de mulheres brancas. Em 2019, uma mulher negra sofria um risco maior de ser assassinada, sendo a situação mais grave em alguns estados. No Rio Grande do Norte, por exemplo, uma mulher negra corria mais risco de ser morta. A faixa etária também foi analisada pelo estudo, que aponta, mulheres entre vinte e trinta e nove anos enfrentam risco maior de sofrerem violência do que mulheres de outros grupos etários, o local também influencia.

 

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