GDF adia recolhimento de créditos não utilizados no transporte público

GDF adia recolhimento de créditos não utilizados no transporte público

Saque do saldo vencido dos cartões será feito em 30 dias, no início de abril; valor será utilizado para manter equilíbrio da tarifa

O Governo do Distrito Federal (GDF) adiou o recolhimento dos valores não utilizados nos cartões de transporte público. A medida passa a valer daqui 30 dias, no início de abril. O valor reunido será destinado para o equilíbrio econômico do sistema de transporte público.

Nesta quinta-feira (2), entra em vigor a Portaria nº 35, da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), que regulamentou o prazo de vencimento dos créditos dos cartões de vale-transporte e mobilidade.

Pela regra, os créditos que não forem utilizados em até 12 meses, contados da data de recarga dos cartões, perderão a validade e os recursos serão usados para manutenção das tarifas e serviços.

Mesmo com a portaria em vigor, os créditos vencidos não serão transferidos automaticamente para o GDF. Ou seja, os saldos vencidos e não utilizados serão sacados pelo governo somente no início de abril.

“Nós vamos continuar debatendo a medida com a Câmara Legislativa, de forma que possamos definir a melhor forma de colocar a medida em operação”, destaca o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.

Segundo o gestor, a secretaria está aberta a ouvir as sugestões dos deputados distritais e a continuar discutindo os interesses da população. O GDF não reajusta os preços dos ônibus desde 2020.

Vale lembrar que o Decreto nº 43.899/2022 apenas atualiza o Decreto nº 39.508/2018, que já previa o prazo de validade dos créditos em um ano após determinação do Ministério Público no mesmo ano para coibir fraudes no sistema de bilhetagem depois de denúncias envolvendo o extinto DFTrans.

Desde 2019, o processamento do sistema de bilhetagem é de responsabilidade do Banco de Brasília (BRB). A transferência possibilitou a eliminação de fraudes e um ganho de eficiência operacional. Em quatro anos, o BRB Mobilidade reduziu os golpes em R$ 300 milhões.

*Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade

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